Treinadores estrangeiros

Em 2019, o Flamengo contratou o treinador português Jorge Jesus. Em um ano e um mês, o Mister, como era chamado pelos seus comandados no time rubro negro, ganhou 5 títulos (Copa Libertadores e Campeonato Brasileiro de 2019 e Supercopa do Brasil, Recopa Sul Americana e Campeonato Carioca este ano). Foram 53 partidas, com 43 vitórias, 10 empates e somente 4 derrotas.


Jesus voltou para o Benfica, onde foi tricampeão português, em julho deste ano e o rubro negro carioca trouxe o espanhol Domenec Torrent para substituí-lo.


Essa busca por treinadores estrangeiros parece ser uma nova tendência no futebol brasileiro. Dos 20 times da Série A, 5 têm técnicos estrangeiros. Uma porcentagem de 25%.


E eles têm feito boas campanhas. No ano passado, o Flamengo de Jesus foi campeão e o Santos, comandado pelo argentino Jorge Sampaoli, foi vice campeão brasileiro. Este ano, o Internacional, com o argentino Eduardo Coudet, lidera o Brasileirão, com o Flamengo de Domenec em segundo e o Atlético Mineiro, de Sampaoli em terceiro.


Além disso, o Vasco da Gama trouxe o português Ricardo Sá Pinto e o Palmeiras, que demitiu Vanderlei Luxemburgo, foi em busca de um treinador estrangeiro. Tentou o espanhol Miguel Angel Ramirez, do Independiente del Valle, sem sucesso. Também não conseguiu Gabriel Heinze e optou pelo também português, Abel Ferreira. Abel estava comandando o PAOK da Grécia e aceitou o desafio de dirigir o time paulista.


Será que essa é uma tendência dos times brasileiros? Antes de Jesus, tinham ocorrido algumas tentativas frustradas, como Ricardo Gareca no Palmeiras, Reinaldo Rueda no Flamengo...


A geração de treinadores brasileiros não é ruim. André Jardine, da seleção olímpica e sub 20; Tiago Nunes, que foi campeão da Copa Sul Americana de 2018 e da Copa do Brasil ano passado pelo Athletico Paranaense e estava no Corinthians até o mês passado; Jair Ventura, que dirige o Sport Recife Andrey Lopes que dirigiu interinamente o Palmeiras antes da chegada do treinador português e mostrou ter potencial e Mauricio Barbieri, do Bragantino.



Eles até fazem bons trabalhos aqui no Brasil, mas não conseguem se destacar nas grandes ligas da Europa, como alguns treinadores argentinos como Simeone, há muitos anos no Atlético de Madrid e Mauricio Pochettino, que dirigia o Tottenham até o ano passado.


Essa vinda dos treinadores estrangeiros para o Brasil, pode ser muito benéfica para os técnicos brasileiros. Eles trazem novos conceitos, ideias, novos sistemas táticos. Cabe aos brasileiros estarem dispostos a aprender.

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